Foto: Divulgação
O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal fica localizado na Boca do Monte, RSC-287
O governador Eduardo Leite assinou, na última sexta-feira (28), o lançamento do Projeto Reflora, cujo objetivo é recuperar a flora nativa do Rio Grande do Sul afetada pelas enchentes de maio de 2024. Serão mais de 6 mil mudas de 30 espécies florestais nativas, dos biomas Pampa e Mata Atlântica, plantadas no Estado. Parte delas será produzida em Santa Maria, no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal (Ceflor).
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– A sociedade gaúcha precisa reforçar um compromisso coletivo com a preservação ambiental. O projeto vai nos ajudar a resgatar o DNA da nossa flora nativa. É um pacto que firmamos com as futuras gerações de gaúchos – destacou Leite, durante o lançamento.

Além de Santa Maria, as mudas serão produzidas no Jardim Botânico de Porto Alegre, gerido pela Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema); e em viveiros e hortos da CMPC. O processo será realizado ainda em outros viveiros de instituições parceiras do projeto. As mudas vão levar entre cinco e oito anos para florescer após o plantio. O tempo normal é de 20 a 30 anos, mas a tecnologia da UFV aplicada no projeto irá acelerar o processo.
O investimento é de R$ 7,5 milhões, sendo R$ 2,86 milhões da CMPC, R$ 2,34 milhões da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e R$ 2,30 milhões de contrapartida econômica da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os recursos serão aplicados no custeio de estruturas físicas (como casas de vegetação e estruturas de fertirrigação), serviços terceirizados de coleta de propágulos vegetativos (estruturas que se desprendem de uma planta adulta e dão origem a uma nova planta), compra de insumos e bolsas de pesquisa.
Sobre a tecnologia
A tecnologia desenvolvida pela UFV prevê o resgate de ramos de árvores saudáveis e a enxertia, com o florescimento precoce de novas mudas. No primeiro ano, será realizada a identificação das árvores danificadas, o mapeamento da localização das espécies e a produção de porta-enxertos. No segundo, ocorrerá a coleta do material genético e o início do processo de enxertia e de desenvolvimento de mudas. Por fim, no terceiro ano será realizado o plantio das mudas.
A tecnologia tem sido empregada na recuperação ambiental de áreas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em Minas Gerais. Outro local em que a técnica de resgate de DNA está sendo usada é na área da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, onde houve muita perda florestal.
*Com informações do governo do Estado
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